Montalegre
Concelho de Montalegre
Esta vila, capital da Terra de Barroso, é hoje extremamente atractiva e desenvolvida. Alcandora-se à volta do seu belo castelo medieval, num morro face à larga veiga que desce da mole imensa da altaneira serra do Larouco nos seus1525 metros de altitude. É terra de Foral outorgado por D. Afonso III, tendo D. Dinis promovido a sua colonização. De um extremo a outro do concelho, dos maiores em extensão, toda a paisagem se desdobra numa natureza aberta de horizontes, rica em acidentes na sua ostensiva grandiosidade.
O seu brasão de armas, escudo vermelho com um castelo de três torres em prata, acompanhado em chefe de duas cabeças de boi de raça barrosã, de ouro ornado de prata. Em contrachefe uma faixa ondulada de prata. Coroa mural, também de prata, com quatro torres e listel branco com a legenda de negro: ” MONTALEGRE “.
É ressaltar ser rota dos Caminhos de Santiago fica através da aldeia de Vilar de Perdizes, senhorio de Morgados notáveis, com seu albergue e casa grande de tradições.
Correndo das montanhas, a caminho do poente e do mar, vai o Cávado, desde o cume do Larouco e, mais a sul, o Rabagão, dominados por barragens que fizeram autênticos mares interiores, dando ainda maior grandiosidade à paisagem dos lugares de Venda Nova, Vila Nova, Paradela, Pisões.
Toda esta terra, desde o Parque Natural da Peneda-Gerês, constitui um paraíso para o turismo, vivido nas suas típicas aldeias, entre gente de ancestrais usos e costumes, gozando de uma genuína natureza primitiva sob uma atmosfera mais pura e tonificante. São terras de caça e de pesca, de segredos e apetites no comer em farta mesa, do espectáculo soberbo e primitivo de uma renhida “Chega de Bois”.
Além da imagem do mais belo dos castelos do Norte, ao cimo da vila de Montalegre, e donde se desfruta o mais vasto dos panoramas, é de admirar, a noroeste, enredada entre montanhas, a aldeia de Pitões das Júnias e os restos do seu Convento medieval. Mais próximo da fronteira, Tourém, abandonada das gentes e os vestígios da velha nobreza do castelo da Piconha, até ao extremo do Cabril, onde o Barroso se acaba. Não desmerece uma visita à igreja românica de S. Vicente da Chã, templo belíssimo, perdido entre a modéstia da povoação e as aldeias de Negrões, Cambezes e Donões.




