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Vila Pouca de Aguiar

Concelho de Vila Pouca de Aguiar

As terras de Aguiar de Pena, nome tirado do velho castelo roqueiro com a designação de castelo da Pena, assente num penedo colossal, uma das referências da região, cujo nome Aguiar deixa entrever ter sido povoado de águias. Com armas de prata, o seu brasão apresenta um ramo de três espigas de centeio de verde, atadas em ponta de vermelho, acompanhado por duas abelhas de negro, realçadas de ouro. Chefe, de azul, com uma águia aberta de ouro, realçada de negro. Em contrachefe um monte de dois cômoros de negro, entre os quais passa um rio que desdobra em dois, de três faixas ondadas, duas de prata e uma de azul. Coroa mural de prata de quatro torres. Listel branco com os dizeres: “Vila Pouca de Aguiar” de negro.

A ocupação humana deste território, remonta à época megalítica, muito anterior à ocupação romana, como testemunham as várias antas, mamoas, sepulturas e o espólio arqueológico encontrado em vários locais, principalmente na serra do Alvão. Colonizada pelos romanos em tempos áureos, cuja exploração das minas auríferas terá sido iniciada logo após a conquista por Augusto, tendo sido foi intensamente explorada até por volta de 193-211 d.C.  Tal como toda a Península Ibérica, até à fundação do reino de Portugal, este território foi sucessivamente ocupado por SuevosVisigodos e Muçulmanos. Após a criação do Reino, é atribuído o primeiro foral à Terra de Aguiar de Pena pelo Rei D. Manuel, em 1515. Em meados do século XIX as reformas administrativas efetuadas ao nível autárquico, deram a actual configuração ao município.

Vila Pouca, dotada de uma extensa e fértil veiga, aberta entre as alturas da Serra da Padrela e do Alvão, o nó rodoviário mais importante do Norte, atravessado por estradas de toda a geografia da província, é vila em franco desenvolvimento e dona de notável indústria de exploração mineral. Ao longo da planura escorre mansamente, quase escondido, o rio Corgo, que de cascata em cascata se enfia no Rio Douro.

Ainda conserva a nobreza das vetustas terras de Aguiar, sobranceiras ao castelo, representada em brasonados solares, nomeadamente em Pensalves com seu valioso Museu dos Coches de jurisdição particular.

Dentro da vila, onde possivelmente se construiu o primeiro agregado de habitações, encontra-se um edifício do século XVIII, sede dos antigos Paços do Concelho, mais tarde deslocados para o fidalgo Palacete dos Silvas, a caminho da sada da vila.

Sobre um monte sobranceiro recoberto de verdejante arvoredo, ergue-se a capela de Nossa Senhora da Conceição, donde se avistam largos horizontes.

Na sua envolvente, dominada pela Lixa do Alvão, Chão das Arcas e serra da Padrela remanescem vestígios pré-históricos, arte rupestre, antas e castros, que o tempo e o descuido humano foram deteriorando, embora ainda oferecem valioso testemunho científico da sua antiguidade.

São admiráveis as actividades de exploração mineira das riquezas auríferas do subsolo, realizadas por etnias anteriores aos próprios romanos, que estes intensificaram, e no presente estão parcialmente aproveitadas, ocupando grandes extensões na freguesia de Jales, no lombo da serra da Padrela e mais longe em Tresminas, bem junto de uma estimável igreja de raiz gótica.

A caminho de Chaves, em Pedras Salgadas, entre frondoso parque e refinadas instalações, emergem da terra umas águas minerais, merecedoras de grande apreço pelo seu comprovado valor terapêutico. Poucos quilómetros adiante, situa-se a vila de Vidago, pertencente ao concelho de Chaves, de características intimamente ligadas a Pedras Salgadas como estância termal, a mais importante do norte do País.