O brasão tradicional de Chaves foi aprovado na Sessão da Câmara Municipal de 26 de Março de 1924. Brasão de forma rectangular e fundo azul. Na parte inferior do escudo um ondulado de prata e azul representa as águas de um rio. Sobre o tracejado e ocupando uma parte da altura do escudo, desenha-se um troço de ponte romana ameada, abrangendo três arcos ou olhais.
Em chefe as armas de Portugal, com os seus castelos e quinas e de cada lado uma chave de ouro, colocada verticalmente, tendo as argolas voltadas para a ponte. Finalmente uma coroa mural de cinco torres abrangendo a parte superior do escudo.
O brasão é envolvido desde o meio pelo colar da Ordem Militar da Torre e Espada.
Chaves é uma cidade progressiva, dona de uma grande capacidade comercial e industrial que lhe permitem um proeminente lugar na região. É também uma terra celebrada pelas belezas naturais, encantando os olhos a mancha colorida dos jardins, o carácter das ruas e recantos, a lembrança das suas páginas de História.

Vista para parcial de Chaves
Numa colina à margem esquerda, há muitos séculos atrás, nasceu Chaves, feito castro como tantos que caracterizavam estes lugares, depois urbe romanizada de Aquae Flaviae, famosa pela qualidade das suas Águas Termais e pelo esplendor dos monumentos e riquezas.
Centro viário importante daqui partiam numerosas vias para os lugares mais longínquos, e assim se tornou esta região uma zona populosa e progressiva, como proclama o testemunho dos povos que ombrearam nessa data com os Aquiflavienses, marcado no célebre padrão da ponte romana de Chaves.
Ponte Romana
Foi essa gente, que no decorrer da história, amalgamou com os bárbaros a primeira origem de um novo estado, sofreu as inclemências das invasões muçulmanas, reconquistou a pouco e pouco os velhos lugares e tradições e fez destes cantos uma parcela da primeira pátria portuguesa.
Sempre e em cada página da História, os flavienses souberam defender ou conquistar, ardorosamente, atrás das muralhas dos seus castelos, ou de outras defesas, que tempos novos e estratégias diferentes souberam construir, vencedores ou vencidos, as suas razões e a sua independência, num historial que, orgulhosamente, pode ostentar.
A Ponte Romana é o primeiro monumento de Chaves. Levantada em tempos de romanos para cruzar o leito do rio Tâmega, tinha inicialmente dezoito arcos e toda ela construída de maneira sólida e perfeita, ainda hoje satisfazendo o tráfego intenso da terra.
A meio do seu comprimento, alçou-se, a montante da via, um padrão representativo da sua construção, no tempo do Imperador Trajano e à custa dos Aquiflavienses, como orgulhosamente o afirmam gravado na pedra do monumento.

         Padrões da ponte romana                                                                                              Padrões dos povos
Em frente, levantou-se outro padrão, o Padrão dos Povos como é conhecido, efeméride consagrada à majestade romana, representada pelo Imperador Vespasiano e seus dignitários, exaltação de uma grande obra, em que se terão empenhado dez povos naturais desta região.
Houve na vila dois conventos. O primeiro, dos frades da Ordem dos Templários, foi fundado nos arredores da vila, no termo de Vilar de Nantes, e chamava-se então de São João da Veiga. Mais tarde, já consagrados à Ordem de São Francisco e por volta de 1635, mereceram os frades por parte do seu Patrono, o 8º Duque de Bragança, valioso préstimo para levantarem um novo e mais amplo convento, numa colina fronteira à vila, onde ainda hoje se pode ver parte da obra que edificaram. À sua volta e pela mesma data, por razões militares que então se impunham, construiu-se o Forte de Nossa Senhora do Rosário.
Hoje e no sítio privilegiado que ocupam, sempre respeitando a primitiva traça, transformou-se num excelente Hotel.
Chaves cresceu, e para conceder, enfim, à velha ponte o merecidíssimo descanso que tanto anseia, fizeram-se a montante e a jusante, duas novas e elegantes pontes.

Ponte Nova

Houve na vila dois conventos. O primeiro, dos frades da Ordem dos Templários, foi fundado nos arredores da vila, no termo de Vilar de Nantes, e chamava-se então de São João da Veiga. Mais tarde, já consagrados à Ordem de São Francisco e por volta de 1635, mereceram os frades por parte do seu Patrono, o 8° Duque de Bragança, valioso préstimo para levantarem um novo e mais amplo convento, numa colina fronteira à vila, onde ainda hoje se pode ver parte da obra que edificaram. À sua volta e pela mesma data, por razões militares que então se impunham, construiu-se o Forte de Nossa Senhora do Rosário.



                       Forte de S. Francisco


                                                                                                                                                                    Ponte Levadiça
 
Houve também um Convento de Freiras da Ordem da Conceição de Maria Santíssima, fundado nos fins do
século XVII, destinado em principio para reconhecimento de donzelas nobres, mas que, pelos, veio a viver 
outros destinos e acabou transformando na actual Escola Secundária Fernão de Magalhães.

Á sua frente rasgou-se um Largo, centro da vida da terra, que o povo insiste em chamar Largo das Freiras,
apesar de merecer oficialmente o nome ilustre do General Silveira, heroi das Guerras Peninsulares e libertador
de Chaves na 2ª Invasão Francesa. Encabeça o Largo uma bem conseguida arquitetura da moderna Biblioteca
Municipal.

Largo General Silveira - Largo das Freiras